São José Mestre da Vida Interior
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No desenrolar desta sua vida contemplativa, como afirmou São Bernardo, “o Senhor encontrou José segundo o seu coração e lhe confiou com plena segurança o mais misterioso e sagrado segredo de seu coração. Para ele revelou a obscuridade e os segredos de sua sabedoria, possibilitando-lhe de conhecer o mistério desconhecido por todos...” (Hom Super Missus: Pl 183,70).
Portanto, se alguém duvida que em São José não houve a dimensão contemplativa, podemos afirmar que o amor que ele vivenciou e participou juntamente com Jesus e Maria, assegurou-lhe a união entre a sua vida contemplativa e ativa.
O amor de São José para Jesus era puro amor de contemplação desta verdade divina (Jesus) que se irradiava da própria humanidade de Jesus; era ao mesmo tempo, puro amor a serviço à própria humanidade de Jesus. Com esta preocupação e dedicação para amar e servir a Jesus, José procurou a amar e a ser amado com todas as suas forças e assim chegou ao cume supremo do amor, sendo que não se pode exprimi-lo de outro modo, senão concluindo que depois de Maria, José amou como José.
Encontramos em São José uma vida num clima de silêncio que acompanhava os acontecimentos de sua vida, e que lhe dava o seu perfil interior. Os evangelhos falam que José “fez”, mas este fazer é envolvido num profundo clima de contemplação. A contemplação é definida como a ciência do amor (São João da Cruz), é aquela atitude de alguém que se ilumina do amor de Deus ao considerar a sua beleza; é algo que faz com que a verdade divina não só seja vista, mas amada (Santo Tomás).
São João de Catagena citando a frase de Provérbios 6,27: “Pode alguém carregar o fogo sem queimar a própria roupa? afirma igualmente que “José trazia em seu peito o fogo, isto é, Cristo, aliás, infinitas vezes o tocou com suas mãos, trocou suas roupas, vestiu-o abraçou-o, beijou-o e certamente ardia em si de modo fortíssimo a chama do seu amor” (J.Vives, Summa Josephina, Romae, 1907, nº. 673-675).
Por isso José superou todos os santos na vida contemplativa em vista de ser tocado profundamente durante a sua missão pelo exemplo de Cristo e de Maria. É por causa desta sua profunda vida interior alimentada pelo amor. Na verdade, São José experimentou o puro amor de contemplação da verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo com o qual ele convivia, assim como também experimentou a exigência do amor, ou seja, o amor de serviço requerido aos cuidados de Jesus.
Termino com a consagração da nossa vida e família ao glorioso patriarca São José, retirado de nosso “Manual do congregado mariano”, página 276, 10ª edição de 1948.
CONSAGRAÇÃO
Ó Glorioso Patriarca São José, que por Deus fostes estabelecido para a cabeça e guarda da mais santa entre as famílias, dignai-vos lá do céu ser também a cabeça e guarda desta, que aqui está prostrada diante de vós e pede que recebais sob o manto do vosso patrocínio. Nós desde este momento vos escolhemos para Pai, protetor, conselheiro, guia e padroeiro e colocamos debaixo da vossa guarda especial a nossa alma, corpo e bens, tudo o que temos e somos, e vida e a morte.
Olhai-nos como vossos filhos e coisa vossa. Defendei-nos de todos os perigos, de todos os ardis e de todos os enganos dos nossos inimigos visíveis e invisíveis. Assisti-nos em todos os tempos, em todas as necessidades, consolai-nos em todas as amarguras da vida, mas em especial na agonia da morte. Dizei em nosso favor uma palavra a aquele amável Redentor que em Menino trouxestes em vossos braços, àquela Virgem Gloriosa de quem fostes amantíssimo esposo. Ó alcançai-nos aquelas bênçãos que conheceis serem proveitosas ao nosso verdadeiro bem e eterna salvação. Numa palavra, ponde esta (Família ou Congregação) no número das que amais e ela procurará por meio de uma vida verdadeiramente cristã não se tornar indigna de vosso especial patrocínio. Amém
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