O Filho de
Deus quis ser criado e educado por São José. Que sublime missão! Vossos
exemplos e lições admiráveis, desnecessários aliás para o Menino Jesus, que
tinha as Virtudes e os Dons do Espírito Santo desde o primeiro instante, sirvam
para nós de modelo.
Em todas as condições de tempo e de
lugar, encontramos em São José o modelo mais perfeito: o modelo de vida
interior, da contemplação, que transforma a vida pela prática das virtudes; o
modelo da vida exterior nas santas viagens, nos trabalhos; o modelo das santas
alegrias, das cruzes aceitas e suportadas, em união com Jesus, encontramos nele
que é “a Consolação dos desgraçados”; o modelo da fé mais singela e firme
encontramos nele que é “fidelíssimo”; o modelo da mais completa confiança em
Deus e do mais perfeito abandono; o modelo da caridade mais desinteressada, de
esquecimento completo de si mesmo, da dedicação a toda prova; o modelo da
coragem nas dores encontramos nele que é o “Espelho da paciência”; o modelo de
uma pureza digna da Virgem das virgens e do Santo dos santos encontramos nele
que é o “Guarda das virgens”; o modelo da humildade mais profunda; o modelo das
virtudes familiares, encontramos nele que é a “Glória da vida da família” e o
“sustentáculo das famílias”; o modelo da elevação e da dignidade santas na
nobreza; o modelo da resignação em trabalhos rudes encontramos nele que é o
“modelo dos operários”; o modelo da vida a mais santa na desgraça encontramos
nele que é o “Consolador dos desgraçados”; o modelo da melhor morte encontramos
nele que é a “Esperança dos enfermos”, o “Patrono dos moribundos”. Os pais de
família encontram em São José a mais bela personificação da vigilância e da solicitude
paternas; os esposos, um perfeito exemplo de amor, de concórdia e de fidelidade
conjugal; as virgens têm nele ao mesmo tempo o modelo, e o protetor da
integridade virginal. Os nobres de nascimento aprendem de José a guardar, até o
infortúnio, sua dignidade; os ricos aprendem, em suas lições, quais são os bens
que devem desejar e adquirir a custa de toso seus esforços. Quanto aos
proletários, aos operários, as pessoas de condição mediana, têm eles um direito
especial de recorrer a José e procurar imitá-lo.
São José, com efeito, de raça real,
unido pelo casamento à maior e mais santa das mulheres, considerado como o pai
do Filho de Deus, passa sua vida a trabalhar e tira de seu trabalho de artista
o necessário par manter sua família.
“É, pois, um fato que a condição dos
humildes nada tem de abjeto, e não somente o trabalho do artista não desonra,
mas pode, se si alia à virtude, ser muito enobrecido. José, satisfeito com o
pouco que possuía, suportou as dificuldades inerentes a essa mediocridade de
fortuna com grandeza d’alma, à imitação de seu Filho, que, depois de ter aceito
a posição de escravo, sendo Senhor de todas as coisas, se sujeitou,
voluntariamente, à indigência e à falta de tudo” (Leão XIII).
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A vida de São José pela Associação de
Adoração Contínua a Jesus Sacramentado - Livraria Francisco Alves, 1927
http://almasdevotas.blogspot.com.br/search/label/S%C3%A3o%20Jos%C3%A9
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