Como ajudar as almas?


Com essas palavras, o Salvador nos ensina que apenas enquanto vivemos podemos acumular méritos, e que além do túmulo não podemos fazer nada para merecer a vida eterna.
Nem toda alma que sai deste mundo com a graça santificante possui a perfeição que o Senhor exige: “Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Muitos morrem tendo apenas uma orientação para Deus, mas ainda portadores de inclinações desregradas e resquício do pecado. Nesse caso, Deus, por Sua infinita misericórdia, nos dá a possibilidade de nos purificarmos.
Desta possibilidade fala Jesus, quando adverte contra o pecado que “não alcançará perdão nem neste século, nem no século vindouro” (Mt 12,32), ou quando fala da prisão, da qual “não sairá antes de ter pago o último centavo” (Mt 5,26).
Como ajudar as almas?

1. oração.
      É o meio mais fácil, acessível a todos, sem exigência de lugar ou horário. Mesmo durante nosso trabalho, nada impede que elevemos nosso pensamento a Deus e façamos uma breve oração pelos mortos.

2. esmola.
      A esmola, dada na intenção das almas, beneficia três pessoas: o necessitado que a recebe, a pessoa que a dá, e as almas em cuja intenção se dá.

3. mortificação.
      Pequenas renúncias, como: privar-se de uma sobremesa, reter um olhar inútil de curiosidade, evitar uma palavra desnecessária, ter paciência com uma pessoa inoportuna, suportar o frio ou calor sem reclamar, etc.

4. indulgências.
      Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (perdão alcançado quando o fiel, nas devidas disposições de contrição, recorre ao Sacramento da Confissão).
      A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.
      Qualquer fiel pode lucrar indulgências parciais ou plenárias para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos como sufrágio. Vejamos como é simples:
      Muitas devoções nos alcançam indulgências parciais (antigamente indicadas por dias), como por exemplo a jaculatória: “Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas!”. Além disso, há três situações em que recebemos indulgência parcial:
- quando, no cumprimento de nossos deveres e na tolerância das aflições da vida, erguemos o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo que só em pensamento;
- quando, levados pelo espírito de fé, com coração misericordioso, dispomos de nós mesmos e de nossos bens no serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário;
- quando nos abstemos de coisa lícita e agradável, em espírito espontâneo de penitência.
      Outras práticas nos oferecem indulgências plenárias (só se ganha uma indulgência plenária por dia):
- adoração ao Santíssimo Sacramento por pelo menos meia hora;
- leitura espiritual da Sagrada Escritura ao menos por meia hora;
- piedoso exercício da Via Sacra;
- recitação do rosário de Nossa Senhora na igreja, oratório, na família, na comunidade religiosa, ou em associação piedosa com outras pessoas.
      Há também indulgências aplicáveis somente aos defuntos, que se conseguem na primeira semana de novembro, que é o mês das Almas.
Guia nº4 da Devoção à Divina Misericórdia
Indulgências de Finados
A indulgência plenária pode ser lucrada em todas as igrejas, do meio dia do dia 1° até o fim do dia 2 de novembro: exige confissão (válida até 20 dias antes ou depois), estado de graça, receber a comunhão; total desapego ao pecado, mesmo venial. Rezar o Pai Nosso e o Credo pela visita à igreja e uma oração à escolha do fiel pelo Santo Padre Bento XVI. Se faltar algum destes requisitos a indulgência será somente parcial. É sempre pelas almas do Purgatório que a Igreja concede as indulgências de Finados.
Pela visita ao cemitério, também se lucra indulgência plenária do dia 1º a 8 de novembro. Em vigor todas as determinações acima, menos o rezar o Pai-Nosso e o Credo, orações essas substituídas por qualquer outra oração pelos defuntos, mesmo que mentalmente.

5. Santa Missa.
      É a ação mais preciosa da Igreja; ela é, substancialmente o mesmo sacrifício da Cruz, diferente apenas no modo da oferta, que é incruenta. O valor da missa é, em si mesmo, infinito, porém seus efeitos são aplicados a nós na medida de nossas disposições internas. Quanto às penas temporais que devem ser expiadas após o perdão dos pecaods, são perdoados por virtude da santa missa, ao menos parcialmente, se não totalmente: a Santa Missa abre os tesouros da Divina Misericórdia em favor dos pecadores.

adaptado do livro Purgatório
http://rosariopermanente.leiame.net/devocoes/almas.html

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