O Papa Paulo VI, na sua imensa e acertada tarefa de complementar o Concílio Ecumênico
Vaticano II, publicou a Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, recordando algumas verdades propostas pelo Magistério da Igreja e pelos Santos Padres. Assim fazendo, deu embasamento doutrinário às indulgências, retirando-as do terreno do devocionismo.
É esta valiosa obra, intitulada Enchiridion Indulgentiarun, publicada em terceira edição em 1986, que hoje a Linha 4 da CNBB apresenta traduzida em português, com o título de Manual das Indulgências.
Nela encontrarão, não só a Constituição Apostólica, documento solene de grande valor, mas também as normas e concessões de indulgências. É à luz da Constituição Apostólica que deverão ser lucradas as indulgências. Por isso, o devocionário incluso, muito rico, deverá ser usado com o equilíbrio sugerido pelo documento de Paulo VI. É de crer que esta obra vai trazer um esclarecimento doutrinário e, também, muitos frutos espirituais.
As indulgências e o desejo de lucrá-las são um elemento da piedade católica, mas não o
único. Assim, a leitura da Palavra de Deus tem um valor intrínseco que transcende a indulgência
que com ela se pode ganhar.
A Igreja abre largamente o tesouro dos merecimentos de Cristo e dos Santos para ajudar
nossa fraqueza. Saibamos aproveitar desta generosidade com a devida discrição.
Brasília, 28 de setembro ele 1989.
Clemente José Carlos Isnard OSB
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