Oremos pelas almas que Deus chama à vida
religiosa.
Pai
Nosso ... Ave
Maria ... Glória
...
Jaculatória: “Coração
de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.
O 2º espinho do Coração de Jesus são as
almas indiferentes
Há algumas almas que ouvem falar do amor de Jesus,
e veem nisto apenas uma pia exageração, — que pouco se lhes dá de cometer ou
não pecados, contanto que nisto tenham prazer ou proveito, — que se riem do
cuidado com que as almas piedosas procuram evitar os pecados veniais, que
assistem às orações por complacência, mas considerando esse tempo, se não mal
empregado, perdido. Oh! Quanto Jesus há de sofrer com esta indiferença!…
Meu Deus, não permitais que eu caia em tal!—Bem
leviano e esquecido sou eu, mas não, não quero ser indiferente no que toca à
Vossa glória!
“Hoje farei uma fervorosa visita ao SS. Sacramento,
pedindo-lhe pelos infelizes que resistem a Jesus Cristo”.
EXEMPLO
Assim como são uniformes as manifestações do amor e
misericórdia do Coração de Jesus, multiforme é o zelo de seus fervorosos
devotos em corresponder-lhe; fazem-no com a adoração, a expiação e o desagravo,
pondo em obra a piedade infantil, a devoção das várias classes sociais e o
fervor das Comunidades religiosas. Mas, tendo sempre em vista, com a agonia de
Deus, a salvação das almas, os servos do Coração de Jesus não poderiam deixar
de ocupar-se, particularmente, do transe da morte e dessa hora solene que
decide da conversão dos pecadores e da perseverança dos justos. Pesando os
interesses eternos de mais de cem mil almas que todos os dias comparecem diante
do Tribunal Divino, e desejoso de valer, por algum modo, aos que sucumbem de
morte súbita, e no mar ou em desertos e países paganizados, sem que se lhes
possa ministrar os socorros da religião, o Pe. Lyonard, em 1847, quando fazia
ainda, em Vals, os seus estudos para o sacerdócio, compôs, em favor dos
agonizantes, a oração— “Ó misericordiosíssimo Jesus” — que, enriquecida de
indulgências pela Igreja, e traduzida em todas as línguas cultas, é hoje
recitada em todo mundo.
Em 1885, sob o mesmo impulso piedoso, e arcando com
dificuldades, que só por uma visível proteção divina pôde vencer, a viúva
Joana Trapadoux, diretora do Hospício do Calvário em Lião, erigia ai uma Igreja
sob a invocação do “Coração Agonizante de Jesus”.
Depois de levantar um templo ao “Coração
Agonizante”, a piedosa senhora desejou formar uma congregação de Religiosas
para o servir; o Pe. Lyonard, que havia sido mestre de um filho da Sra.
Trapadoux, veio coadjuvá-la na realização dessa ideia; e o céu a patrocinou;
pois querendo ter por auxiliar a Agostinha Vallete, que então se achava
entrevada, fez-se para esse fim uma novena e, ao terminar, a enferma
subitamente se erguia curada. A congregação fundou-se em 1859, tendo por sua
primeira professora e primeira superiora a Sra. Trapadoux, que tomou o nome de
Maria Madalena do Coração Agonizante. “O pensamento da perda eterna dos remidos
por Jesus Cristo, e do quanto há de isto doer ao seu coração me impressionou
profundamente, dizia ela. Diante desta ideia, não me parece que possa recusar
coisa alguma a Nosso Senhor, ainda quando não viesse daí nenhuma recompensa,
nem neste mundo nem no outro. Mil vidas quisera ter para dar, e sinto só ter
uma e tão incapaz! E os vinte e um anos que ainda viveu, consumiu-os todos a
exemplar Religiosa num continuado trabalho e sofrimento como vítima
voluntária da expiação dos pecados do mundo, e pela salvação dos agonizantes de
cada dia.
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Fonte: Mês do Sagrado Coração de Jesus -
Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.
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