Exercícios cotidianos
Entre os nossos parentes, oremos por
aqueles que não cumprem seus deveres religiosos.
Pai Nosso ...
Ave
Maria ...
Glória
...
Jaculatória: “Coração
de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.
O 3º espinho do Coração de Jesus
são as almas frouxas e tíbias
Estas almas não são indiferentes, mas o
quereriam ser talvez… O amor de Jesus Cristo lhes é molesto e pesado, e, todavia,
já sentiram toda a doçura deste amor. Ó vós, que por influência duma paixão
oculta, dum amor próprio e de um orvalho sem medida, vos afastais de Jesus,
ouvi esta queixa: “Se fosse um inimigo que me tratasse assim, eu suportaria;
mas uma alma que amo, que admiti à minha mesa!…” Vinde de novo lançar-vos aos
pés de Jesus… Talvez que amanhã já seja tarde… Se ele já vos não pudesse
receber!…
“Rezarei o terço para pedir a Maria
Santíssima me alcance o fervor primitivo”.
EXEMPLO
Do relatório anual das obras do
Apostolado da Oração, publicado em novembro de 1884, consta a seguinte
narração, feita pela professora da escola primária de uma aldeia da França: No
ano passado, ao partir eu para o novo posto que me fora designado, informavam-me
que me teria de haver com meninos indóceis e sem nenhuma piedade, filhos de
gente descuidada de seus deveres religiosos e pouco zelosa dos bons costumes.
Parti um tanto impressionada, porém cheia de confiança em Deus; e, logo ao
chegar, pus mãos à obra. Comecei por uma fervorosa novena ao Coração de Jesus;
manifestei-lhe meus receios e minhas esperanças, e procurei depois ganhar,
pouco a pouco, o coração dos meus novos discípulos. Alistei-os no Apostolado da
Oração, instando a recitarem todos os dias, ao despertar, a pequena fórmula:
“Divino Coração de Jesus, eu vos ofereço o meu dia, pelo Coração Imaculado de
Maria, em todas as vossas intenções”. No começo da aula, recitávamos em comum a
dezena do Terço. Até aí tudo ia bem e os meninos se mostravam muito dóceis. Por
fim, um dia lhes disse: “Meus amiguinhos, não é bastante o recitar todas as
manhãs a vossa curta oração e a dezena da Terço; é preciso comungar todas as
primeiras sextas-feiras do mês em honra ao Sagrado Coração. Assim é que
estareis completamente no Apostolado da Oração”. A tal proposta, houve espanto
e desassossego entre os pequenos; não tinham o costume de comungar tantas
vezes: desde a Páscoa (sete meses passados), não se tinham confessado!
Todavia, passada a surpresa, consentiram e, em dezembro, inaugurávamos as
nossas “Comunhões mensais”. Entre os alunos, um, de 10 a 11 anos, resistia a
princípio, e dizia: “Eu não quero me confessar hoje, eu não tenho pecados”.
“Pois bem, lhe respondia eu, rindo; confessarás as tuas virtudes, vem sempre conosco
à Igreja”. Na volta, ele dizia aos companheiros: “Era o demônio que me fazia
gritar que não tinha pecados; estou bem contente de minha confissão”. A
dificuldade estava assim vencida, e no mês seguinte os alunos, por si próprios,
apresentavam-se para a Comunhão. Em fevereiro caíra a neve e fazia muito frio;
quis dispensá-los, porque a igreja ficava a 5 quilômetros, mas acudiam todos:
“Não cai mais neve, e a gente que tem passado já abriu o caminho; nós queremos
comungar hoje em honra do Sagrado Coração”. Um deles percorreu a pé, em jejum,
10 quilômetros, e, de volta a casa, ainda não quis comer imediatamente,
dizendo: “Eu quero ter ainda por algum tempo só a Jesus em meu coração”. Outro
que teve de deixar a escola e de empregar-se para ganhar, não podendo fazer a
Comunhão na 1ª sexta-feira, veio muito pesaroso dizer-mo, e, propondo-lhe eu
que a fizesse, ele só, no 1º domingo do mês, aceitou-o com alegria, e tem
perseverado. Com isto, os meninos, que à minha chegada eram revessos e
turbulentos, se tornaram, pouco a pouco, obedientes e piedosos; e os pais
experimentaram também a boa influência da mudança, melhorando os costumes em
toda a aldeia, sobretudo no tocante à religião. Enfim, eu mesma que viera
cheia de apreensões, hoje estou contente, e rendo graças ao Sacratíssimo
Coração de Jesus.
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Fonte:Mês
do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição,
1913.
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